Como foram as visitas das casas-conselheiras?
Após as visitas a uma casa apoiada, as casas-conselheiras são convidadas a preencher um relatório compartilhando detalhes de como foi a experiência. O Trevo avaliou relatos de 16 visitas feitas ao longo do último triênio e destacamos a seguir alguns temas recorrentes.
Quase todas as casas espíritas visitadas vivenciaram dificuldades durante e após a pandemia de covid-19. Algumas relataram dificuldades em adaptar suas atividades para o digital na fase de isolamento, mas outras construíram atividades online que se tornaram novas frentes de trabalho mesmo após a pandemia. Um exemplo é a prática do Evangelho no Lar online no YouTube, criada pelo CEAE Curitiba.
O relato mais comum é a dificuldade de retomar as atividades presenciais após a pandemia. O número de voluntários caiu e os alunos e voluntários de algumas atividades que passaram a ser feitas online resistem em voltar a frequentar a casa presencialmente.
O relatório das casas-conselheiras mostra que houve uma dificuldade maior em conseguir retomar os trabalhos de Evangelização Infantil, Mocidade e Pré-Mocidade, dado que muitas casas relataram que ficaram sem turmas por falta de equipe.
Exemplos para seguir
As casas-conselheiras também são convidadas a informar se há alguma experiência do grupo visitado que vale a pena ser compartilhada com a rede. Veja a seguir algumas delas:
Mães do Coração
Trata-se de uma iniciativa de apoio a gestantes do CEAE Poá. “São atendidas gestantes a partir do sexto mês. Elas comparecem ao centro quatro semanas consecutivas, participam de palestras sobre cuidados com o bebê e ouvem o Evangelho. Na terceira semana, recebem uma cesta básica. Na quarta semana, levam o enxoval do bebê. Para se cadastrar elas precisam apresentar o RG e o comprovante do pré-natal.” (trecho do relatório da casa-conselheira)
Evangelho para detentos
Durante a visita ao CEAE Londrina (PR), foi reforçada a importância da EAED (Escola de Aprendizes do Evangelho A Distância). A equipe relatou uma experiência de como esse projeto abriu portas para um novo trabalho de assistência com presidiários.
“São poucos alunos e, através de um, que é presidiário, chegaram até a Casa de Custódia. Ao levar o material para este aluno, a assistente social mostrou interesse em ter também um grupo espírita para levar o Evangelho para alguns detentos, tendo em vista já terem quatro Igrejas Evangélicas fazendo visitas no local. É um grupo com quatro integrantes que se revezam em visitas que acontecem na segunda semana de cada mês”, diz o relatório.
Ideias para arrecadar fundos
As visitas trouxeram também algumas experiências positivas em iniciativas para arrecadação de fundos para manutenção das casas.
O CEAE Dalila, em São Paulo, destacou um evento de Pastel com Artesanato, que, segundo o relatório da casa-conselheira, “deu tão certo que hoje as pessoas cobram pela realização”. Eles também incluíram a venda de churros em eventos da sua casa e de outras e tiveram bons resultados. E mais uma ideia interessante: como a livraria está cheia, eles passaram a vender livros na feira.
O CEAE Curitiba passou a fazer seu café colonial bimestral em um clube. Além disso, esse centro criou uma atividade para reforçar o ideal da Aliança de “confraternizar para melhor servir”.
“Organizam uma confraternização a cada dois meses, visando uma maior aproximação dos trabalhadores e suas famílias, principalmente para facilitar o retorno pós-pandemia”, diz o relatório.
Que possamos todos nos inspirar nesses exemplos e vivenciar com mais intensidade essa troca de experiências entre amigos em 2024.
Equipe O Trevo