O papel das casas-conselheiras: parceiros do ideal de Aliança

Desde a sua criação em 1973, a Aliança se expandiu e surgiu a necessidade de se reorganizar para evitar os personalismos, dividir tarefas e continuar seguindo os preceitos da Aliança.

Após 15 anos de existência, em 1988, usando o conceito de descentralização, foram criadas as Regionais e o Conselho, composto por 15 casas que pudessem trabalhar com as demais casas de sua Regional.

As 15 casas mais votadas por todos os grupos da Aliança seriam eleitas como casas-conselheiras por um período de três anos.

A casa-conselheira deve ter uma maior participação nas equipes de apoio, o que dá a essas casas oportunidade de analisar os programas da Aliança, buscando a melhoria onde o movimento sentir necessidade, a fim de aprimorarmos algum módulo do programa e submetermos as sugestões para a aprovação do CGI (Conselho de Grupos Integrados), e sua homologação na AGI (Assembleia dos Grupos Integrados).

Sendo uma casa-conselheira, devemos ter maior comprometimento com a Aliança, comparecendo e participando das reuniões a que formos convocados, opinando sobre as propostas apresentadas.

Como titulares, se nos ausentarmos no CGI, uma casa suplente ocupará o nosso lugar, e ficaremos no último lugar dos suplentes, mostrando a responsabilidade do nosso papel.

Visita é para estender a mão amiga e não fiscalizar

Em 1989 foi estabelecida como atividade a visita das casas-conselheiras, com o objetivo de conversarmos com as casas apoiadas sobre o programa e os conceitos da Aliança. Como casa-conselheira, poderíamos tirar as dúvidas que a casa visitada tivesse.

Alguns interpretaram e ainda interpretam erroneamente o real objetivo da visita, com receio de que a casa-conselheira faça a visita para inspecionar os trabalhos que as casas exercem.

Não somos e não podemos nos colocar como fiscais, mas, sim, como parceiros de ideal da Aliança.

Uma das funções da casa-conselheira é dar apoio à casa visitada, com o intuito de ajudar no que for possível, orientar quando for pedido, saber das suas necessidades e tentar saná-las.

Como casa-conselheira, nos colocamos à disposição da casa visitada para que possa ter apoio quando precisar.

Durante a visita, a casa-conselheira deve comentar assuntos tratados ou que serão tratados no CGI e ouvir da casa visitada a sua opinião a respeito.

Esta opinião poderá ser levada ao CGI, de forma a termos um consenso sobre as propostas apresentadas, atendendo às necessidades do movimento.

A troca de informações sempre acrescenta alguma coisa para ambas as casas, seja algum trabalho novo para sugerir ou mesmo uma ideia que possa ajudar a resolver alguma dificuldade que a casa esteja vivenciando.

Ao percebermos que não cabe a nós como casa-conselheira resolver a questão, podemos pedir ajuda ao coordenador da Regional da casa visitada, para que possa ajudar na solução da dificuldade apresentada.

Muitas vezes, ambas as casas têm dificuldades semelhantes e todos podemos aprender com o outro, pois surgem ideias que ajudarão a ambos.

É importante mantermos contato entre as casas-conselheiras e as apoiadas, mostrando o nosso interesse em ajudar sempre que preciso, orientar quando nos pedirem, nos atualizar sobre os assuntos tratados e buscar soluções em conjunto.

Quando houver alguma alteração no programa da Aliança, é importante que a casa-conselheira repasse a orientação para a casa apoiada, para que ela esteja informada e atualizada sobre a alteração.

A visita a uma casa apoiada nos permite conhecer a sua história, sua formação, seus coordenadores, os trabalhos executados, alguma atividade nova, assim como nós como casa-conselheira, também poderemos apresentar nossa história e trabalhos. É uma troca.

Para se candidatar para ser uma casa-conselheira, é preciso ser um grupo integrado, ter implantado e conhecer todo o programa da Aliança, vivenciar ativamente os trabalhos da nossa casa e da Regional, adquirindo conhecimentos e experiência suficientes que permitam orientar ou a responder aos questionamentos feitos.

Precisamos conhecer a estrutura da Aliança, a Diretoria, o Conselho, as Regionais e os programas, para conseguir dirimir dúvidas ou pelo menos saber onde poderemos obter as orientações requeridas.

Como casa-conselheira, percebemos o quão importante é o nosso papel no movimento da Aliança. Isso nos possibilitou conhecer a Aliança num todo, outras casas, a sua história, pessoas com o mesmo ideal. É uma oportunidade de nos relacionarmos melhor, cultivarmos a fraternidade, vivenciarmos e mantermos vivo o lema “confraternizar para melhor servir”.

Jorge Augusto Scarpi é do Centro Espírita Irmão Alfredo, na Regional São Paulo Sul.

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