
Na última edição de O Trevo publicamos a primeira parte deste artigo, com a história de Maria, nossa mãe espiritual, com foco na sua vida. Nesta edição vamos abordar sua volta ao mundo espiritual e os trabalhos do seu espírito na fraternidade Rosa Mística de Maria.
Como descrito pelo espírito Humberto de Campos no livro “Boa Nova” e por Miramez em “Maria de Nazaré”, nos últimos momentos de vida, Maria, já em idade mais avançada para a época, que podemos estimar acima de 70 anos, recebeu a visita de Jesus vindo buscá-la e apresentando-se inicialmente como um mendigo. Isto nos remete a pensar que, atendendo aos pequeninos e desafortunados no mundo, estamos atendendo também o Cristo.
Maria cambaleou e seu corpo se paralisou, aguardando então longas horas a ruptura dos laços que a prendiam à vida material. No desenlace, extensas multidões de entidades angélicas a cercavam vibrando hinos de glorificação.
Ao experimentar a sensação de estar deixando o mundo, mentalmente desejou rever os lugares por onde viveu na Galileia e toda a hoste celestial que a acompanhava direcionou-se para aquela região abençoada pela presença de Jesus quando encarnado.
Na sequência lembrou-se dos discípulos perseguidos pela crueldade do mundo e seu pensamento direcionou todos a Roma, cidade soberba e maravilhosa, e aos calabouços escuros daqueles que testemunhariam sacrifícios na arena por acreditar em Jesus, inspirando esperança, confiança no futuro e paz naquelas almas desesperadas que iniciaram um cântico de amor a Jesus e agradecimento.
No mundo espiritual, um centro de amor e de luz funciona como um “ímã” para as almas já direcionadas ao bem, impulsionando desenvolvimento, intuição e sabedoria.
Lembramos ainda que, ao se perscrutar uma alma elevada nos trabalhos mediúnicos, o perispírito praticamente não é visível para nós, devido sobretudo à intensa radiação de amor e luz, mas pode-se sentir a profunda comunhão com Deus, a intensidade da fé e o entendimento abrangente das leis divinas. Almas elevadas possuem auras brancas, claras ou douradas, mas isto é um assunto para outro artigo.
Miramez acrescenta que “se Maria, para sua descida à Terra, estagiou nos vários planos da evolução espiritual para assumir um corpo físico que lhe permitisse ser o condutor da luz que iluminaria o mundo, o seu regresso às paragens em que mourejam os anjos foi reto. Cumprida a sua missão de favorecer a instauração de uma nova era para a Humanidade, regressa a ambientes condizentes com a sua magnitude de estrela que, conduzida pela vontade do Criador dos mundos, vivendo na vigência plena de suas leis, dirige a sua luz própria na direção dos corações que já se conscientizaram de que o progresso é vontade divina, nas dobras da evolução de tudo que foi criado.”
Maria é um dos espíritos mais puros que foram dados à Humanidade conhecer, fiel a Deus. Pelos laços do coração é mãe de todos os homens.
A Hora da Ave Maria
Na Terra, quando o sol se põe, muitos elevam suas preces à mãe de Jesus. No plano espiritual também assim acontece – conforme o livro “Maria Mãe de Jesus”, de Chico Xavier e Yvonne do Amaral Pereira. A obra nos traz ainda o trecho abaixo da oração Ave Maria, e nos leva a refletir que a alma em oração, ligada ao manto de Maria que cobre a Terra, é como um espelho voltado ao céu, refletindo um raio de luz no abismo.
Bendita sois vós, Rainha!
Estrela da humanidade,
Rosa Mística da Fé,
Lírio puro da humildade!
Retrato "falado" de Maria, por Emmanuel
📌 Chico Xavier nos conta em vídeo disponível no Portal Despertar, que, através da orientação de Emmanuel e a partir de um simples esboço de desenho — que passou por mais de 28 melhoramentos —, chegou-se a um retrato "falado" de Maria, com olhos na cor azul do céu. ✨
A Fraternidade de Maria
Maria de Nazaré, hoje do sétimo céu, ou seja, categoria espiritual que influencia a Humanidade inteira, espalha o amor divino através de diversas almas caridosas que trabalham incessantemente nos locais mais escuros do planeta espiritual, lançando um pouco de luz onde praticamente não temos nenhuma. Esse grupo de almas trabalhadoras ininterruptas auxiliando Maria é conhecido como a Fraternidade Rosa Mística de Nazaré, conforme nos traz Martha Galego Thomaz no livro “História das Fraternidades”.
Apresentam-se geralmente com vestidos brancos à altura dos joelhos estampados com botões de rosas pequenos azuis, às vezes também amarelos ou outras cores, com sapatos de salto baixo preto ou descalças, quando volitando.
Edgard Armond nos traz no livro “Falando ao Coração” (capítulo 2 – As Fraternidades do Espaço) que o conhecimento do que seja uma fraternidade implica no conhecimento e na prática das leis divinas da criação, sim, pois as diversas fraternidades trabalham de forma complementar, ajudando-se mutuamente no mais estreito sentido de cooperação por Jesus, pelo amor divino numa comunidade de sentimentos. Os diversos trabalhos realizados pelas fraternidades e os grupos apoiados alternam-se segundo as necessidades, sendo providente atualizações periódicas sobre esses amparos fraternos.
São milhões de almas abnegadas que vêm no auxílio daqueles necessitados dos vales dos suicidas ou de regiões umbralinas carentes de compaixão, como nos traz também Martha Gallego Thomaz agora no livro “O Instituto de Confraternização Universal”. Esses trabalhadores espirituais direcionam, amparam e apoiam as vibrações das diversas casas da Aliança das 19:30, às quintas-feiras.
Sabemos que atuam também nos diversos trabalhos realizados nos grupos mediúnicos de P3B, principalmente nos atendimentos aos sofredores. Nas atmosferas densas e penumbrosas rompem-nas com poderosos holofotes e trazem grupos de almas adolescentes, jovens, antigas, perdidas, cansadas para amparo e orientação num trabalho conjunto com estes grupos mediúnicos com base sempre no amor de Maria e de Jesus.
E, finalmente, Humberto de Campos, um servidor de Maria, através de Chico Xavier, nos traz, no último parágrafo do último capítulo de “Boa Nova”, um singelo conselho nos alertando que, ao ouvirmos o cântico nos templos das diversas famílias religiosas do Cristianismo, não nos esqueçamos de fazer no coração um brando silêncio, asserenando nossos sentimentos, nos conectando com nosso mentor, Jesus e Deus, para que a Rosa Mística de Nazaré espalhe aí o seu perfume, que é o seu amor. Fiquemos com Deus.
Sobre o Autor
Mauro Iwanow Cianciarullo é voluntário em O Trevo e no CEEA - Regional Oeste.