Sala de Aula Invertida e as Novas Técnicas de Facilitação na EAE

Com a evolução das gerações, tecnologias e fluxo de informação em nossa civilização vemos a formação de um novo público, uma nova audiência que vem sendo recebida em nossas casas em todos os trabalhos de evangelização, mas especialmente na EAE (Escola de Aprendizes do Evangelho), demandando novas abordagens de aprendizado.

O estudo de como isso tem sido implementado em muitas instâncias de comunicação e ensino nos levou a incluir estas técnicas nos novos cursos de formação e atualização de facilitadores de nossa Aliança, buscando, principalmente, uma melhor abordagem e mais aderência aos novos alunos, suas capacidades e realidades.

No novo curso trabalhamos técnicas como aulas com modelos TED – um tipo de entrega de conteúdo rápido, focado, expresso e muito assertivo, por exemplo. Além disso, trabalhamos comunicação interpessoal, comunicação não violenta e outras. Mas, neste momento, queremos contar sobre a abordagem da aula invertida.

Entenda a Aula Invertida

Este é um modelo de entrega de conteúdo e interação nas aulas, como uma proposta de ensino usada pela primeira vez em uma disciplina de Microeconomia, em 1996, na Miami University (Ohio, EUA).

É um modelo mais participativo, que pressupõe mais do que apenas estudar ou ler o conteúdo das aulas antes do momento da aula propriamente, mas, nesse modelo, os alunos interagem com o conteúdo antes da aula, por meio de vídeos, leituras ou atividades online. Assim, chegam ao encontro presencial mais preparados e participativos.

Mas, mais importante que o estudo anterior, é que, no momento da aula, são realizadas atividades – e não apenas uma exposição – que incentivem os alunos a processar e aplicar o conteúdo. Em outras palavras, a inversão da sala de aula basicamente consiste em:

O que tradicionalmente é feito em sala de aula passa a ser executado em casa, e o que tradicionalmente é feito como trabalho de casa, passa a ser realizado em sala de aula. (BERGMANN; SAMS, 2016, p. 11 - “Apostila do novo Curso de Facilitadores da AEE”)

Esta é uma proposta que tende a privilegiar a vivência na sala da aula e propicia um ambiente para que as questões iniciáticas sejam trazidas de maneira mais prática, sem que o conteúdo histórico, científico ou mesmo filosófico seja o protagonista da aula, mas sim, a sua aplicação na iniciação da EAE e na vida dos alunos.

Nova Mentalidade para Facilitador e Dirigente

Adicionalmente, vemos que este é um modelo de trabalho na EAE que demanda não apenas um novo aprendizado e mudança de modelo mental do facilitador, mas também do dirigente, criando um novo ambiente de aprendizado para os alunos de maneira recorrente e não somente em uma ou outra aula em que o facilitador se proponha a usar o modelo.

Do ponto de vista do dirigente, é importante que aprenda como incentivar os alunos, como sempre, à leitura do texto das aulas, mas o conhecimento de outros materiais, reflexões sobre questões iniciáticas contidas nos temas das aulas, vídeos e outros materiais relacionados para que os alunos reflitam e estejam inteirados do tema e seus reflexos em si mesmos, antes do momento da aula.

A importante pergunta “O que este tema tem a ver comigo?” precisa sempre ser feita, antes, durante e depois de cada aula.

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Segundo o material, esse formato oferece ao aluno melhores condições para seu processo de iniciação, auxiliando na tarefa do facilitador, assim como da equipe dirigente da turma de EAE. “Ao eliminar a postura passiva de quem vai para a aula consumir conteúdo, como espectador, o aluno se torna agente ativo e determinante de seu processo de transformação.”

Dirigentes e facilitadores em novas formações ou atualizações receberão mais informações sobre aula invertida e as demais técnicas. Procure um curso em sua Regional!