Livros em vários formatos

Inúmeras descobertas na História substituíram outras, porém, a escrita permanece imutável em seu papel na evolução da Humanidade. Mesmo com as mudanças tecnológicas, a escrita manteve seu valor essencial de preservar e transmitir o conhecimento e pensamento ao longo dos anos.

Os livros em qualquer formato, seja no papel, digital ou nos antigos papiros e pergaminhos, foram essenciais para o desenvolvimento das religiões. Sem o registro da palavra dos nossos mestres em livros sagrados milenares, seus ensinamentos se perderiam no tempo.

Graças aos textos dos apóstolos, podemos hoje conhecer a mensagem do evangelho que Jesus deixou na Terra há mais de 2 mil anos.

A Bíblia levou mil e seiscentos anos para ser escrita. Ela foi o primeiro livro impresso no mundo, algo possível após a invenção da prensa pelo alemão Johannes Gutenberg, no século XV, uma tecnologia que viabilizou a criação do livro no formato em que conhecemos hoje e, consequentemente, a divulgação em massa do conhecimento do mundo.

O Espiritismo já nasceu em uma época em que existia o livro impresso. Os livros da codificação espírita, organizados por Allan Kardec há mais de 150 anos, são estudados por diferentes gerações, de diferentes países, e nos permitem conhecer a terceira revelação nos dias de hoje de forma fidedigna.

Neste ano, comemoramos com entusiasmo os 160 anos da publicação de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, uma obra central da nossa doutrina. Com uma campanha de divulgação vibrante, distribuímos por meio da Editora Aliança mais de 12 mil exemplares, levando essa mensagem atemporal a um público mais amplo.

As ideias de Kardec viajaram o mundo por meio dos livros e chegaram ao Brasil. Suas sementes germinaram nas nossas terras e hoje temos a maior população espírita do mundo. Após sua estreia na França, a literatura espírita continuou a florescer no Brasil nos séculos seguintes.

E, por meio dos livros, conhecemos o papel do nosso país como “coração do mundo e a pátria do evangelho”, como disse Humberto de Campos, em uma obra psicografada por Chico Xavier.

Desde a sua criação, a Aliança reconhece o papel fundamental do livro espírita, não só para o estudo e divulgação da doutrina, mas também para garantir a qualidade e a padronização dos seus programas. Foi por isso que, em 1974, um ano após a criação da Aliança Espírita, nasceu a Editora Aliança, instituição que completa 50 anos em 2024.

Livros são aliados na jornada evolutiva

Nos dias atuais, as redes sociais trazem novos formatos para publicação de conteúdo, com mais dinamismo, alcance e acessibilidade. Existem benefícios imensos do uso dessa tecnologia para amplificar a mensagem espírita.

Devemos enxergar essas novas soluções como complementos e não substitutas do livro. Não devemos nos contentar com informações superficiais. Como espíritos em busca de evolução, precisamos buscar conhecimentos de qualidade, com profundidade, capazes de nos orientar e estimular em nossa jornada de reforma íntima. O livro espírita é um aliado do processo de evolução do ser.

Como membros da Aliança Espírita, temos o dever de aprofundar nossa leitura e nos manter atualizados e engajados na nossa rede. Além dos livros, é necessário acompanhar e-mails, cartas, o site da Aliança e outros meios de comunicação.

Reafirmamos a importância da leitura de O Trevo, que há 50 anos existe para divulgar o Espiritismo religioso e servir como ferramenta de integração da nossa Aliança, informando e conectando a comunidade espírita.

A cada dois meses, nos esforçamos para oferecer uma edição relevante e inspiradora. Estamos avaliando possibilidades de melhorar o nosso Trevo, com novas funcionalidades na edição digital e a retomada da edição impressa.

Que possamos continuar a valorizar e preservar o legado da escrita, reconhecendo seu papel insubstituível na perpetuação do conhecimento e na comunicação dos valores espíritas para as próximas gerações.

Luiz Amaro é diretor-geral da Aliança.

Navegue:

Compartilhe: