Redes sociais, jogos online e o desafio de educar adolescentes

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Adolescentes hiperconectados em dispositivos digitais

Adolescência. Internet. Redes sociais. Palavras que vêm rondando a cabeça de muitos pais e responsáveis nos últimos tempos. A maioria se preocupa apenas com o lado material destas questões. Afinal, é nesta época da adolescência que os hormônios começam a mudar (e isso caracteriza fisicamente esta fase) e os jovens ficam preocupados em ser aceitos em grupos sociais, presenciais e virtuais.

E daí a preocupação dos adultos se estende para o que estes jovens estão acessando na internet e o que estão fazendo nas redes sociais, já que 93% da população brasileira de 9 a 17 anos é usuária da internet, segundo dados do Cetic (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação).

Preocupação essa que começa (ou deveria começar) cada vez mais cedo, pois em 2024 a proporção de crianças usuárias de internet na faixa etária de 3 a 5 anos era de 71% e, entre 6 e 8 anos, de 82%.

Por outro lado, será que não deveríamos também nos preocupar com o lado espiritual destas questões? Afinal, como somos alertados na pergunta 459 de “O Livro dos Espíritos”, os espíritos influem em nossos pensamentos e atos “muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”

Por isso nos relata Luiz Sérgio, no livro “Game Over”, que esta influência também ocorre por meio da internet, redes sociais, jogos virtuais, isto é, por meio da tecnologia da informação. Na introdução do livro ele nos diz que “não raras vezes, à medida que as crianças e jovens alienam-se por meio de jogos violentos e viciosos, espíritos obsessores aproveitam-se da fragilidade emocional desse público para insuflar a ideia suicida e promover suas ações de vingança”.

Luiz Sérgio aprende, logo no início do livro, que “na base de todo processo obsessivo estão a mente e as emoções humanas. E em uma fase tão delicada como a adolescência e a juventude em geral, o psiquismo dos jovens é vulnerável aos processos de influenciação”.

Exagero? Não. O livro traz vários casos que são acompanhados por um espírito bem elevado (para saber quem, só lendo o livro) para ajudar crianças e jovens, encarnados e desencarnados, envolvidos de forma perniciosa com jogos, redes sociais e internet.

O que nós podemos fazer então, para ajudar as crianças e jovens, ainda mais neste momento de transição planetária?

Somos lembrados por Luiz Sérgio que “a educação é um conjunto de ações no campo intelecto-espiritual, que visa ao progresso do ser integral... Mais do que nunca precisamos estar atentos à necessidade da educação integral do ser”.

Como proporcionar educação integral às crianças e jovens?

Através dos programas de Evangelização Infantil, Pré-mocidade e Mocidade, cujo objetivo é proporcionar às crianças e aos jovens essa educação integral, por meio do entendimento da prática das boas obras, do desenvolvimento de virtudes, do conhecimento de sentimentos, auxiliando-as a se tornarem espíritos mais conscientes.

Assim, a construção dessa base moral possibilitará que as crianças e jovens possam fortalecer seus sentimentos e construir suas virtudes, de modo que não estejam vulneráveis às influências espirituais (pois estão atentas aos seus sentimentos) e possam fazer escolhas conscientes (pois têm seus pensamentos elevados).

Dá trabalho? Com certeza. Mas muitos frutos bons serão colhidos. E você, já pensou nisso?

Assahi Pereira Lima é voluntária no Núcleo Fraterno Samaritanos, da Regional SP Centro

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